quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Reforma no terminal deve durar 6 meses. Estrutura provisória agrada usuário


Reforma no terminal deve durar 6 meses. Estrutura provisória agrada usuário


Por dia, uma média de 65 mil pessoas realizam cerca de 2,1mil viagens, passando pelo Terminal das Bandeiras, na Região Sudoeste de Goiânia. Desde ontem, a rotina de passagem delas pelo terminal foi alterada, e muito, com o início de uma ampla reforma das instalações. Mas o clima negativo que geralmente cerca uma reforma desse porte dessa vez não está presente.

Basta entrar no terminal improvisado para o período das obras – cerca de seis meses – para notar que as instalações no local, em área poucos metros distante do antigo, estão até melhores que o terminal em reforma, que era apertado e maldimensionado para o grande fluxo diário de passageiros.

Sobrou espaço porque também ficaram fora da estrutura improvisada todos os permissionários que vendiam lanches, roupas e outros objetos no Terminal das Bandeiras. Ontem, eles apenas assistiam à demolição.

“Chegamos hoje (ontem), quando soubemos que a reforma estava começando. Lá se foram 15 anos de trabalho aqui”, dizia Renato Silva Stabile, filho do proprietário de uma das oito lanchonetes que funcionavam no Bandeiras e que, no fim da tarde, já eram apenas escombros. Os permissionários sabem que não poderão mais trabalhar dentro do terminal nem durante as obras nem após a inauguração da nova estação.

Da parte dos usuários, as opiniões se dividiam apenas quanto aos vendedores. Quanto à reforma, todos aprovaram tanto o início da obra quanto as condições do terminal provisório – com cobertura adequada, 36 atendentes (12 a cada um dos três turnos) para informar os locais de parada das linhas de ônibus, banners informando a mesma coisa, banheiros limpos, rampas para cadeirantes, segurança privada e piso regular.

“Olha, sabia que teria uma reforma a partir de hoje (ontem), mas pensei que seria uma confusão e não foi”, era o que constatava às 18h01 – horário de rush – o vendedor Rangel Felipe, de 29 anos. Para ele, a proibição aos vendedores foi positiva. “A medida vai abrir espaço para a gente circular”, dizia.

Aidê Dourado, de 31, empregada doméstica que passa duas vezes por dia pelo Bandeiras, viu a questão com outros olhos. “Sem os permissionários não há como fazer sequer um lanche enquanto se espera o ônibus, além do desemprego que pode gerar.” Ela achou o terminal provisório “muito organizado”.

Mesma opinião teve a vendedora Lukécia Rodrigues Mota, de 17, que procurava a parada da linha 033, rumo ao Setor Garavelo. Ela, que viu a reforma do Terminal Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, comparou com a do Terminal das Bandeiras e dizia ontem que “as condições para os passageiros estão muito melhores no Bandeiras”.

Esse diferencial era mesmo o que procurava atingir a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável pela reforma, que vai consumir R$ 8,6 milhões – recursos depositados pelas empresas de transporte que venceram a licitação há um ano. “O terminal provisório demorou para ser construído, mas atende o mínimo de conforto para os usuários”, confirmava ontem o engenheiro de Planejamento e Obras da CMTC, Benjamin Kennedy. O atraso no cronograma, que previa o término das obras em setembro, segundo explicou, foi decorrente de recursos administrativos movidos por empresas interessadas em participar do processo. A licitação foi vencida pela Construtora e Incorporadora Yury.

De acordo com Kennedy, a nova estação terá mais espaço de plataformas – de 420 metros lineares passará para 504 metros lineares, representando uma ocupação mais racional da área, que terá 16 mil metros quadrados. “De imediato, haverá mais conforto e, a longo prazo, se necessário, poderemos aumentar a oferta de linhas passando pelo Terminal das Bandeiras.” Além da infraestrutura necessária, a nova estação terá acessibilidade, sinalização reforçada, serviço de som, câmeras de monitoramento, novos sanitários e bancos adequados.

Fonte: O Popular